Empreendedorismo: individualismo ou competência?

O empreendedor deve ter quatro fatores essenciais marcante em seu estilo: a relação existente com a identidade de uma oportunidade, a melhoria do desempenho operacional, o gerenciamento de turbulências e a tomada de decisão diante de problemas. Estes quatro fatores, relacionam-se diretamente ao ser humano, pois, para manter-se empreendedor, há o compromisso de desenvolver suas competências, rompendo o individualismo e procurando por novas oportunidades, com o desejo de acreditar na capacidade de superar desafios. Mas como ser empreendedor em um cenário de competitividade?

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Como apaixonar uma equipe?

A cada principio de ano nós marcamos novos propósitos. Definimos novos objetivos de desenvolvimento e tratamos de por em pratica ao menos às duas primeiras horas.

No meu caso, quero ajudar a minha equipe a desfrutar com o trabalho tanto como que eu faço.

Lembro de antigos chefes nessas macro-reuniões de fim de ano onde te anunciam o quão maravilhosa é a empresa, enquanto lá no final da reunião alguns murmuram sobre despedir ou congelar o salário dos empregados. Também aquela empresa americana em que um super computador te fazia jogos de magia ao mesmo tempo que te contava a importância do Marketing e a todos os companheiros comentando como utilizar esse truque diante de um cliente que quer devolver um produto.

Um famoso alpinista nos explicou como um membro de sua equipe rompeu as duas pernas e a bacia e meses depois escalou uma das montanhas mais difíceis do mundo. Estupenda conferencia multimídia oferecia antes de que o presidente nos detalhasse os objetivos do ano. Ainda me pergunto se aqueles tinham algo a ver com as montanhas a se escalar ou com a queda do alpinista.

Enfim, aquilo não me pareceu o mais motivador. É assim que  tenho planejado a melhor forma de motivar minha equipe?  Conhecendo a teoria dos fatores motivacionais de Herzberg, e observando melhor  a pirâmide das necessidades de Abraham Maslow, vejo que não!

A teoria de Maslow mostra que as necessidades do ser humano se agrupam em diferentes níveis. O primeiro nível é o que se denomina necessidades fisiológicas. Nele se encontra necessidade de abrigo, alimento, etc. no segundo nível se encontraria as necessidades relacionadas com a segurança como saúde e abrigo. O terceiro nível está composto por necessidades de relação com os demais tais como ter amigos ou gente com quem conversar. O quarto nível é baseado no reconhecimento pessoal como o prestigio. Por ultimo, o quinto nível que formam as necessidades relacionadas com a auto-realização, com se sentir competente e realizado na vida.

Maslow afirma que toda pessoa está obrigada a seguir essa escala de satisfação de necessidade, forma que só quando se tem satisfeito as do primeiro nível, é que se sente vontade de satisfazer a do segundo. Neste sentido, certamente a maioria das pessoas que trabalham hoje em dia, tem problemas de motivação pois talvez tenhamos perdido de vista esta teoria.

É evidente que estas pessoas não tem sentido ao largo de sua vida a carência das necessidades do primeiro e segundo nível. Por isso o salário é um fator que é capaz de motivar pouco, e é muito fácil que se converta em um desmotivador.

O terceiro nível é um elemento muito complexo para trabalhar nas organizações já que as relações sociais são uma particularidade própria do individuo e tratar de gestioná-las resulta mais que difícil. Fomentar o esporte, reuniões de equipe, cursos, jornadas de interação, etc., são armas úteis porem sua efetividade é irregular.

No quarto nível temos as necessidades de reconhecimento. Estas necessidades foram muito utilizadas na década de oitenta com a aparição dos “yuppies” em que as possessões materiais eram a base da motivação. Então, os salários foram uma forma muito utilizada. Posteriormente o reconhecimento passou a se associar aos mestres e isto se ploriferou até se esgotar como fonte de motivação.

“Que uma pessoa desfrute de seu trabalho se converteu em uma grande utopia dos Recursos Humanos”

Por último, o quinto nível ainda é mais complexo já que nem todo mundo pode ter as mesmas funções como tampouco nem todos os empregados gostam das mesmas tarefas. Portanto, que uma pessoa desfrute de seu trabalho se converteu numa grande utopia dos recursos humanos. Por isso tem surgido entre outras praticas de equilíbrio entre a vida laboral e familiar com o objetivo de que as pessoas realmente possam desenvolver ambas.

Não obstante, tenho pensado que esta teoria não é a única solução possível. Me lembro no momento mais motivante em minha vida, nesse momento eu era capaz de qualquer coisa, e sem dúvida foi a época em que conheci minha mulher.

Naqueles momentos, o primeiro nível de necessidades, as fisiológicas, passaram a um segundo plano, pois se deixa de comer e inclusive de dormir. O segundo nível, as necessidades de segurança, se vão pois se é capaz de escalar uma fachada para ver sua princesa prometida. O terceiro, da relação social, fica restrito a essa pessoa e os amigos são eliminados da equação. O quinto nível, de reconhecimento, é enterrado em toneladas de idiotices que uma pessoa realiza sem se dar conta do ridículo que está fazendo. O quarto nível, de auto-realização, desaparece e pouco ou nada importa o que um faz, pois o mundo se reduz ao que ela diga ou faça.

Enfim, meu objetivo é que tanto minha equipe quanto eu, consigamos nos apaixonar por nosso trabalho.

Isto tenho que reconhecer que não é tarefa fácil já que como não somos Brad Pitt se faz começar do zero nessa arte.

Fonte: www.administrando.biz/